“Ainda Estou Aqui” (I’m Still Here, no exterior) é um filme brasileiro de drama biográfico de 2024, dirigido por Walter Salles. O roteiro, de Murilo Hauser e Heitor Lorega, é baseado na autobiografia homônima de Marcelo Rubens Paiva, publicada em 2015. O filme retrata a história autobiográfica de Marcelo Rubens Paiva, focando na vida de sua mãe, Eunice Paiva, uma advogada que se tornou ativista política após a prisão e o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, durante a ditadura militar brasileira.
O elenco principal inclui Fernanda Torres e Fernanda Montenegro interpretando Eunice Paiva em diferentes fases da vida, e Selton Mello no papel de Rubens Paiva. Outros atores importantes são Daniel Dantas, Dan Stulbach, Humberto Carrão e Valentina Herszage.
O filme estreou no Festival de Veneza em 1º de setembro de 2024, recebendo aplausos por dez minutos e aclamação pela atuação de Fernanda Torres. Conquistou a Osella de Ouro de Melhor Roteiro no festival. “Ainda Estou Aqui” foi lançado no Brasil em 7 de novembro de 2024.
Fernanda Torres ganhou o prêmio de Melhor Atriz em Filme – Drama nos Prêmios Globos de Ouro de 2025, tornando-se a primeira brasileira a receber tal honra. O filme também foi indicado a Melhor Filme em Língua Estrangeira no Globo de Ouro, Critics’ Choice Movie e BAFTA. Além disso, recebeu três indicações ao Oscar 2025: Melhor Atriz para Torres, Melhor Filme (sendo o primeiro filme brasileiro a concorrer nesta categoria) e venceu Melhor Filme Internacional, tornando-se o primeiro filme brasileiro a ganhar um Oscar. A BBC o incluiu em sua seleção dos melhores filmes de 2024.
A duração do filme é de 135 minutos.
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Film title in Portuguese: Ainda Estou Aqui
Original Title (international): I’m Still Here
Country: Brasil, França
Year: 2024
Director: Walter Salles
Screenwriter: Murilo Hauser, Heitor Lorega (based on Marcelo Rubens Paiva’s book)
Cast: Fernanda Torres, Fernanda Montenegro, Selton Mello
Duration: 135 min.
Rating: ⭐⭐⭐⭐ (I’ll assign this as per the user instruction, assuming a good reception based on awards and critical acclaim)
Let’s begin writing the essay.A obra cinematográfica “Ainda Estou Aqui”, dirigida pelo aclamado Walter Salles, surge como um respiro profundo e necessário no cenário do cinema contemporâneo, convidando o espectador a um mergulho em uma das páginas mais sombrias da história brasileira. Salles, um diretor com um olhar aguçado para as narrativas humanas em contextos sociais complexos, como vimos em filmes como “Central do Brasil”, aqui se volta para o drama íntimo de uma família dilacerada pela ditadura militar. Seu mais recente longa-metragem não é apenas um registro histórico; é uma ode à resiliência e à memória, construído sobre a autobiografia de Marcelo Rubens Paiva. O filme nos transporta para o Rio de Janeiro dos anos 1970, onde o cotidiano de uma família aparentemente comum é abruptamente interrompido, revelando as feridas abertas de um país em convulsão.
Desde os primeiros quadros, “Ainda Estou Aqui” estabelece um tom de delicadeza e força. O roteiro, assinado por Murilo Hauser e Heitor Lorega, com base na poderosa obra de Marcelo Rubens Paiva, desenvolve-se com uma sensibilidade notável, equilibrando a tragédia pessoal com o pano de fundo de um regime opressor. A história central foca na figura de Eunice Paiva, interpretada com maestria por Fernanda Torres em sua fase mais ativa e por Fernanda Montenegro em sua sabedoria tardia. Elas dão vida a uma mulher que, após o desaparecimento de seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva (Selton Mello, em uma atuação contida e impactante), se transforma de dona de casa em uma ativista incansável pelos direitos humanos. A narrativa não se prende a didatismos, mas permite que a experiência de Eunice se revele em camadas, mostrando a dor da incerteza, a busca incessante por respostas e a luta para manter a união de uma família.
A direção de Walter Salles é um dos pilares que sustentam a profundidade do filme. Salles evita os excessos e a exploração gratuita do horror, optando por uma abordagem que privilegia a atmosfera e a dimensão psicológica dos personagens. A câmera se move com uma intimidade que nos coloca ao lado de Eunice em sua jornada, registrando olhares, silêncios e pequenos gestos que carregam um peso imenso. A cinematografia de Adrian Teijido constrói um Rio de Janeiro nostálgico e, ao mesmo tempo, perigoso, onde a beleza da paisagem contrasta com a violência latente. A trilha sonora, que pontua momentos cruciais sem jamais soar intrusiva, contribui para a imersão, amplificando as emoções sem manipulá-las. É um trabalho coeso que reflete a habilidade de Salles em criar um cinema que é ao mesmo tempo universal e profundamente brasileiro.
As atuações são, sem dúvida, um dos pontos mais altos de “Ainda Estou Aqui”. Fernanda Torres entrega uma performance que tem sido amplamente elogiada, inclusive internacionalmente, conquistando prêmios importantes. Sua Eunice jovem é uma figura de força silenciosa, uma mãe que tenta manter a normalidade para seus filhos enquanto enfrenta a brutalidade da repressão. A transição para a Eunice mais velha, interpretada por Fernanda Montenegro, é igualmente tocante, mostrando as marcas do tempo e da luta incansável pela memória e justiça. O elenco de apoio, com nomes como Valentina Herszage, Daniel Dantas e Humberto Carrão, complementa a narrativa com performances que conferem autenticidade aos múltiplos membros da família Paiva, cada um lidando à sua maneira com o trauma do desaparecimento. A forma como o filme explora a vida familiar em meio ao caos político é um testemunho da capacidade do cinema de humanizar a história.
Os temas abordados em “Ainda Estou Aqui” ressoam com uma urgência que transcende o período da ditadura. A luta pela memória, a busca por justiça e as consequências de longo prazo da repressão política são questões que permanecem relevantes. O filme nos lembra da importância de não esquecer o passado, de honrar aqueles que resistiram e de continuar a questionar a impunidade. É uma obra que dialoga com o presente, convidando à reflexão sobre as cicatrizes que ainda persistem na sociedade brasileira. A complexidade emocional e a relevância histórica do filme o tornam um título essencial, que merece ser visto e debatido por novas gerações, reafirmando que certas histórias precisam ser constantemente revisitadas para que nunca sejam esquecidas. Plataformas como o Globoplay e Prime Video frequentemente oferecem filmes brasileiros de grande impacto, e a disponibilidade de “Ainda Estou Aqui” em meios como esses é crucial para sua difusão.
Ao final, “Ainda Estou Aqui” não é apenas um filme sobre a ditadura militar; é um filme sobre a perseverança do espírito humano diante da adversidade. Walter Salles e seu elenco construíram uma obra que emociona, provoca e, acima de tudo, faz pensar. É um convite à reflexão sobre a memória, a verdade e a resiliência. Com sua narrativa envolvente e atuações memoráveis, o filme se estabelece como um marco no cinema nacional, um testemunho da capacidade da arte de iluminar os recantos mais sombrios da história e de reafirmar a importância de nunca desistir da busca pela justiça. Sua aclamação em festivais e premiações internacionais sublinha a universalidade de sua mensagem e a qualidade de sua realização.
Ainda Estou Aqui (I’m Still Here – Brasil, França, 2024)
Direção: Walter Salles
Roteiro: Murilo Hauser, Heitor Lorega
Elenco: Fernanda Torres, Fernanda Montenegro, Selton Mello
Duração: 135 min.
Nota: ⭐⭐⭐⭐
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