Se você ainda não conferiu, recomendo a leitura da crítica do episódio piloto aqui.
No segundo capítulo de Copper, a narrativa começa a se consolidar de forma mais clara e envolvente. As diversas tramas apresentadas no piloto ficam em segundo plano, enquanto o enredo passa a focar em dois pontos principais: o passado do detetive Kevin Corcoran (Tom Weston-Jones) e o desenrolar da investigação sobre o desaparecimento da jovem Annie Reilly.
A história do passado de Corcoran traz um bom potencial para emoções e mistérios, mesmo que não seja totalmente inédita. Já sabemos, pelo piloto, que ele perdeu a esposa que desapareceu e a filha que faleceu enquanto ele lutava na Guerra Civil americana. Neste episódio, conhecemos um personagem que Corcoran vinha buscando há um tempo, Tungus McClarty (interpretado por Max McCabe-Lokos – nome do ator ou do personagem, difícil escolher qual é mais marcante!). As informações que Corcoran obtém de Tungus contradizem o que ele acreditava sobre o destino da sua família, o que adiciona uma camada extra de complexidade à trama.
Quanto ao caso de Annie Reilly (Kiara Glasco), a busca por ela se intensifica, especialmente através da figura do aristocrata local Winfred Haverford (Rick Roberts), cujo comportamento obscuro é uma ameaça constante. Naturalmente, seus capangas acabam se envolvendo em confrontos com Corcoran, e a típica briga acontece. Curiosamente, a resolução dessa parte da história, que parecia se estender por toda a temporada, acontece já neste segundo episódio.
Tom Weston-Jones, no papel principal, ainda parece um pouco deslocado e não totalmente confortável, como se não tivesse incorporado completamente o espírito da época em que a série se passa. Não aparenta que isso vá mudar muito nos próximos episódios. Por outro lado, Ato Essandoh, como o Dr. Matthew Freeman, um especialista em investigações forenses, começa a se destacar como um personagem interessante, embora haja a impressão de que ele pode acabar sendo pouco aproveitado. Elizabeth Haverford (Anastasia Griffith) ganha maior relevância e, pelo rumo da história, deve se tornar uma figura central — uma perspectiva promissora, visto o talento da atriz. O grande destaque, porém, fica com Kyle Schmid no papel do aristocrata irlandês Robert Morehouse, que, apesar de sua deficiência física, demonstra uma habilidade intrigante para manipular as pessoas ao seu redor. Sua relação de “cumplicidade cínica” com Corcoran certamente trará conflitos interessantes.
O episódio poderia ter superado o piloto se não fosse pela cena final envolvendo o caso de Annie Reilly. Embora bem filmada, a sequência tem um tom quase onírico devido à falta de realismo, tornando difícil acreditar que Corcoran, em seu estado físico, conseguiria realizar o que é mostrado, especialmente com a coordenação impressionante entre vários personagens. A rapidez com que tudo acontece acaba afastando o espectador e gerando dúvidas sobre o que realmente está acontecendo na tela. O que pesa ainda mais é a sensação de que os showrunners Tom Fontana e Will Rokos não precisavam ter acelerado tanto o encerramento dessa linha da história. Parece que começaram uma trama, perderam o interesse e decidiram encerrá-la para focar em outra subtrama — relacionada à compra de Five Points pelo pai de Morehouse. Essa nova abordagem pode ser interessante, e talvez eu esteja enganado quanto ao desfecho da história de Annie, mas parece que uma coisa não precisaria excluir a outra.
Agora que Copper está começando a se definir melhor, apesar dos problemas ainda presentes, meu interesse aumentou, e tenho esperança de que a série encontre seu ritmo já no próximo episódio.
Copper: 1×02 – Husbands and Fathers (Estados Unidos, 2012)
Direção: Jeff Woolnough
Roteiro: Tom Fontana, Will Rokos, Kyle Bradstreet, Kevin Deiboldt
Elenco: Tom Weston-Jones, Kevin Ryan, Ato Essandoh, Frank Potente, Kiara Glasco, Anastasia Griffith, Kyle Schmid, Rick Roberts, Dylan Taylor, Lachlan Murdoch, Tessa Thompson, Joanne Boland, Matthew Deslippe, Tany Fischer, Aaron Poole, Max McCabe-Lokos
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Sou fã de clássicos do cinema e da TV, já aprendi a fazer cara feia com Marion Cobretti, a escapar de enrascadas como John Matrix e me encantei por Stephanie Zinone — ainda que Emmeline Lestrange e Lisa tenham sido concorrentes à altura. Me inspirei em Daniel-San para as lutas e fiz acrobacias aéreas com Maverick. Já viajei no tempo para proteger Sarah Connor, cuidei de Gizmo religiosamente antes da meia-noite e, de vez em quando, enfrento demônios no Bairro Proibido. Já fui policial, blade runner, assassino, mas às vezes volto à ativa com um “yippe ki-yay m@th&rf%ck&r” e saio para dar uma volta na Ferrari do pai do Cameron ou no V8 Interceptor do insano Max, acompanhado pela charmosa Jessica Rabbit.
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Outras críticas recentes:
– As Aventuras de José e Durval
– The Handmaid’s Tale – 6ª Temporada, Episódio 8: Exodus
– 1923 – 2ª Temporada
– The Walking Dead: Dead City
– Mil Golpes – 1ª Temporada
– The Last of Us – 2ª Temporada, Episódio 6
– Star Wars: Andor – 2ª Temporada
– Doctor Who – 2ª Temporada, Episódio 6: O Festival
– The Handmaid’s Tale – 6ª Temporada, Episódio 7: Shattered
Perguntas Frequentes:
1. Quais são os focos principais do enredo no segundo episódio de Copper?
No segundo episódio, a narrativa se concentra principalmente no passado do detetive Kevin Corcoran e na investigação sobre o desaparecimento da jovem Annie Reilly, deixando as tramas secundárias do piloto em segundo plano.
2. Como é a atuação dos protagonistas neste episódio?
Tom Weston-Jones (Kevin Corcoran) ainda parece um pouco deslocado e não totalmente confortável com o papel. Por outro lado, Ato Essandoh (Dr. Matthew Freeman) começa a se destacar como um personagem interessante, e Anastasia Griffith (Elizabeth Haverford) ganha maior relevância. Kyle Schmid, no papel do aristocrata Robert Morehouse, é o grande destaque pela sua habilidade de manipulação.
3. O que o crítico achou da resolução do caso de Annie Reilly neste episódio?
A resolução do caso foi considerada rápida demais e com uma cena final quase onírica, o que prejudicou a credibilidade da sequência e afastou o espectador. O crítico acredita que os showrunners aceleraram o encerramento dessa trama, possivelmente para focar em outras subtramas da série.
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