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Análise Crítica do Filme Critica Age Of Ultron 3 E 4 De 10: Vale a Pena Assistir?

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Se você ainda não está familiarizado com o evento Era de Ultron, recomendo dar uma olhada na crítica dos dois primeiros números. Lá, além de analisar as edições, fiz um resumo dos últimos anos das ameaçadoras ações do gigantesco robô criado por Hank Pym, um dos Vingadores, que claramente sofre de um complexo de Édipo.

Era de Ultron é o primeiro grande evento do projeto Marvel NOW!, liderado por Brian Michael Bendis, responsável por conduzir o vasto relançamento da editora que não se trata exatamente de um reboot.

Nos dois primeiros números, Bendis nos coloca diretamente em uma Terra distópica, mas não em um futuro distante, e sim no presente, onde Ultron domina e destrói quase tudo. Os poucos heróis que sobreviveram estão receosos em reagir, mas conhecemos duas linhas de resistência: uma em Nova York, com a maioria dos heróis, e outra em São Francisco, onde Viúva Negra e Cavaleiro da Lua investigam os planos de contra-ataque ligados ao desaparecido — ou possivelmente morto — Nick Fury. O segundo número termina com o iminente contra-ataque dos hesitantes heróis em Nova York.

No terceiro número, o plano começa a ser posto em prática, com Luke Cage e Mulher-Hulk simulando uma briga. Entretanto, Bendis volta atrás no tempo para mostrar, uma hora antes, a estratégia pouco convincente do Capitão América. A pressa com que eles montam o plano, baseado em informações escassas do Homem-Aranha, soa estranha. Não fica claro há quanto tempo os heróis estão escondidos, e a decisão de atacar parece apressada e mal estruturada. Apesar do desespero dos heróis, mandar dois deles para um perigo mortal para obter dados de utilidade duvidosa parece um risco desnecessário.

Em Chicago, outra linha de resistência formada pelo Hulk Vermelho, Pantera Negra e Treinador (Taskmaster) tenta capturar um dos robôs sentinelas de Ultron, embora seus objetivos não estejam totalmente claros. A ação nessa parte é bem construída e, por se passar em um presente distópico, Bendis não hesita em matar heróis, o que ele faz sem piedade.

No final, há uma revelação potencialmente impactante sobre quem realmente está por trás de tudo. Seria Ultron mesmo? O suspense é construído, mas logo no início do quarto número, Bendis desmancha essa revelação, transformando-a em algo trivial, sem impacto real para a trama. Além disso, as mortes dos heróis começam a se acumular de forma exagerada e até ridícula. Embora seja comum que heróis morram em situações desesperadoras, as mortes começam a ocorrer com uma facilidade que tira a emoção da narrativa. Por exemplo, por que um disparo de laser à queima-roupa elimina um dos heróis mais poderosos do Universo Marvel, enquanto uma explosão nuclear não tem o mesmo efeito em outro? Essas incongruências começam a se tornar frequentes.

Apesar disso, não significa que Era de Ultron tenha perdido a qualidade. Bendis mantém uma escrita sólida, mesmo reduzindo as piadas para acompanhar a seriedade dos acontecimentos. O problema é que, perto da metade do evento, ele parece economizar demais nas cenas de ação e cria um “plano mestre” pouco plausível que envolve uma reunião dos heróis na Terra Selvagem — ou no que sobrou dela. A ideia pode funcionar, mas dá a impressão de que o autor está enrolando para, no último número, apresentar alguma surpresa do tipo “deus ex machina” que resolverá tudo e restaurará o status quo com algumas mudanças permanentes. Espero estar enganado.

No quesito arte, nada mudou: Bryan Hitch continua a produzir cenas panorâmicas impressionantes, mas quando chega a hora de desenhar as expressões faciais, ele se perde. Não sei se a pressa para entregar o trabalho semanalmente ou o acúmulo de projetos está afetando a qualidade, mas o fato é que os personagens acabam parecendo muito semelhantes entre si, especialmente nas últimas páginas do quarto número, quando os heróis estão na Terra Selvagem. A sorte é que a equipe artística mudará a partir do sexto número.

Era de Ultron ainda tem potencial para ser um evento acima da média, mas para isso Bendis precisa acelerar o ritmo e dar mais peso à destruição dos heróis.

Sou fã de cultura pop e já me identifiquei com personagens como Marion Cobretti, John Matrix e Stephanie Zinone, além de admirar batalhas inspiradas em Daniel-San e manobras aéreas à la Maverick. Já vivi aventuras dignas de filmes de ação, sempre pronto para enfrentar desafios e salvar o dia, seja pilotando carros icônicos ou enfrentando ameaças sobrenaturais.

Confira também outras críticas e análises recentes, como Cassidy: Omnibus – Vol. 2, Rick Grimes 2000, Reinado do Demônio, A Morte Invisível (Júlia Kendall #28), Sa Wala: Tudo por Nada, Demolidor: Quarentena (2021-2022), Star Wars: Legacy Of Vader #1, Void Rivals – Vol. 3 e TVA (2024).

Perguntas Frequentes:
1. O que é o evento “Era de Ultron” e qual seu contexto na Marvel?
R: “Era de Ultron” é o primeiro grande evento do projeto Marvel NOW!, conduzido por Brian Michael Bendis. A trama se passa em uma Terra distópica no presente, onde o robô Ultron domina quase tudo, e mostra as tentativas dos heróis restantes de resistir e contra-atacar.

2. Quais são as críticas principais feitas ao desenvolvimento da história em “Era de Ultron”?
R: A narrativa apresenta algumas incoerências, como mortes frequentes e pouco emocionantes, planos dos heróis apressados e pouco plausíveis, além de uma revelação importante que perde impacto. Também há uma sensação de enrolação para um desfecho com surpresa que restaura o status quo.

3. Como está a parte artística da série “Era de Ultron”?
R: Bryan Hitch produz cenas panorâmicas impressionantes, mas apresenta dificuldades ao desenhar expressões faciais, com personagens parecendo muito semelhantes, especialmente no quarto número. A equipe artística mudará a partir do sexto número, o que pode melhorar essa questão.

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