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Análise Crítica do Filme Critica Age Of Ultron 5 E 6 De 10: Vale a Pena Assistir?

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ATENÇÃO: Este texto contém pequenos spoilers da trama, pois cheguei a um ponto em que é difícil comentar sem revelar acontecimentos importantes.

Para entender melhor o contexto, recomendo a leitura das críticas dos números 1 e 2, assim como dos números 3 e 4, que atualizam sobre “Era de Ultron”, o primeiro grande evento da fase Marvel NOW!, que se apresenta como um reboot disfarçado.

“Era de Ultron” finalmente ganha ritmo no seu quinto capítulo. Na última vez que acompanhamos os poucos heróis que restaram, eles estavam prestes a se reunir na Terra Selvagem, local onde Nick Fury, desaparecido até então, teria um esconderijo especial. No entanto, o motivo dessa reunião em um lugar tão remoto não ficou claro de imediato.

Quando a porta se abre, quem encontramos? O próprio Nick Fury (o original, que saudade dele!), esperando ansiosamente para colocar seu plano em prática. Embora este número não seja repleto de ação, a história avança rapidamente, graças aos diálogos afiados de Brian Michael Bendis. Fury pretende levar um grupo de heróis ao futuro — ou melhor dizendo, a um momento no tempo em que Ultron já destruiu a Terra. Vale um parêntese: em uma cena desconectada do enredo principal, descobrimos que a Terra ainda não está totalmente dominada, nem mesmo todos os estados americanos. Mas voltando, o objetivo é derrotar o robô gigante no futuro. Para isso, Fury seleciona um time especial e os equipa novamente, pois em seu depósito ele tem de tudo, desde a armadura clássica do Homem de Ferro até o escudo “laser” que o Capitão América usou em outra ocasião.

Até aí, tudo parece normal, certo? Mas lá atrás, quando analisei os primeiros dois números de “Era de Ultron”, acabei, sem querer, acertando outra parte da trama: Wolverine não concorda com o plano de Fury e decide agir por conta própria, viajando ao passado para antes da criação de Ultron por Hank Pym, com a intenção de matar o androide. Seus companheiros ficam chocados e tentam argumentar que talvez seja possível voltar no tempo para convencer Pym a não criar Ultron. Wolverine, por sua vez, responde com seu jeito direto: “Se o Capitão América fosse ao passado e dissesse para você não criar algo, não seria justamente esse o momento em que você teria certeza de que deveria criá-lo?”. O raciocínio do mutante, sempre contundente, faz sentido, mas as consequências temporais e, principalmente, éticas e morais, são enormes.

Bendis encerra o quinto número com esse suspense. Confesso que essa “saída fácil” me incomoda um pouco, mas sou fã de paradoxos temporais e imaginar heróis em três momentos diferentes do tempo é extremamente fascinante, mesmo que isso acabe reforçando a ideia de que os efeitos de “Era de Ultron” talvez não sejam duradouros no Universo Marvel.

No sexto número, a equipe artística muda finalmente. Sai o pouco inspirador Bryan Hitch e entram duas duplas: Brandon Peterson nos desenhos e Paul Mounts nas cores para as cenas do presente (e futuro), enquanto Carlos Pacheco, Roger Martinez e Jose Villarrubia cuidam do passado. A mudança não poderia ser melhor, já que a narrativa dividida em duas linhas temporais exige estilos distintos. No futuro, vemos Nick Fury comandando uma equipe formada por Capitão América, Homem de Ferro, Quake, Tempestade, Hulk Vermelho e Viúva Negra, com o objetivo único de derrotar Ultron. Os traços de Peterson, que usam bastante computação gráfica, criam um futuro cibernético que é ao mesmo tempo belo e assustador. Ultron controla tudo, e suas cidades douradas dominam a terra e os oceanos. Os heróis são recebidos por “cabeças de Ultron” que podem parecer bizarras, mas são altamente perigosas. Curiosamente, Ultron em si ainda não aparece.

No passado, Logan persegue Hank Pym, acompanhado de Sue Richards, a Mulher Invisível, que deveria estar com Fury, mas acabou enganando todos e foi com Wolverine para tentar convencê-lo a mudar de ideia. A nostalgia está presente nos momentos com Pym, que veste seu uniforme azul e amarelo de Golias no exato instante em que concebe a ideia de criar uma inteligência artificial autoconsciente (não se sabe como Logan sabia a data exata). Pacheco se empenha em transportar o leitor para uma era mais simples dos super-heróis, com desenhos mais leves e alegres. Mas com a chegada de Wolverine, toda a leveza desaparece. Não quero adiantar muito, mas o desfecho desse arco me deixou ansioso pelo próximo número!

Bendis optou por um caminho mais seguro, mas seus diálogos precisos, o dilema moral apresentado e a troca da equipe artística deram o impulso que “Era de Ultron” precisava. Se o final será satisfatório? Só o tempo dirá!

Aprendi a fazer cara feia com Marion Cobretti, a escapar de enrascadas com John Matrix e me encantei por Stephanie Zinone, embora Emmeline Lestrange e Lisa tenham sido concorrentes à altura. Comecei a lutar inspirado em Daniel-San e a pilotar aviões de cabeça para baixo com Maverick. Vim do futuro para eliminar Sarah Connor, alimento Gizmo religiosamente antes da meia-noite e vez ou outra preciso ir ao Bairro Proibido para livrá-lo de demônios. Já fui policial, blade runner, assassino, mas às vezes volto às minhas antigas atividades, solto um “yippee ki-yay, motherfucker” e pego a Ferrari do pai do Cameron ou o V8 Interceptor do Mad Max para dar uma volta por Ridgemont High com Jessica Rabbit.

Críticas recentes:

– Cassidy: Omnibus – Vol.2
– Rick Grimes 2000
– Reinado do Demônio
– A Morte Invisível (Júlia Kendall #28)
– Sa Wala: Tudo por Nada
– Demolidor: Quarentena (2021-2022)
– Star Wars: Legacy Of Vader #1
– Void Rivals – Vol. 3
– TVA (2024)

Perguntas Frequentes:
1. O que acontece no quinto número da série “Era de Ultron” e qual é o plano de Nick Fury?
No quinto número, Nick Fury reaparece na Terra Selvagem com um plano para levar um grupo de heróis ao futuro, em um momento em que Ultron já destruiu a Terra, para tentar derrotá-lo. Ele equipa os heróis com armaduras e equipamentos especiais para essa missão. Paralelamente, Wolverine discorda do plano e viaja ao passado para tentar impedir a criação de Ultron.

2. Como a mudança na equipe artística impacta a narrativa do sexto número de “Era de Ultron”?
No sexto número, a equipe artística muda, trazendo estilos diferentes para as linhas do tempo do presente/futuro e do passado. Brandon Peterson e Paul Mounts trabalham nas cenas do futuro, criando um ambiente cibernético e ameaçador, enquanto Carlos Pacheco, Roger Martinez e Jose Villarrubia cuidam das cenas do passado, com um traço mais leve e nostálgico. Essa divisão ajuda a diferenciar os momentos temporais e enriquece a experiência visual da história.

3. Quais são os principais dilemas éticos e morais apresentados na trama de “Era de Ultron”?
Um dos principais dilemas é a decisão de Wolverine de viajar ao passado para matar Ultron antes de sua criação, questionando os efeitos das alterações temporais e seus impactos no futuro. O debate envolve a ideia de que tentar impedir a criação de Ultron pode, paradoxalmente, garantir sua existência, além das consequências morais de interferir no tempo e na liberdade de criação de Hank Pym.

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