O artista cubista Fernand Léger se destacou por desenvolver composições que se distanciavam das linhas retas predominantes nas obras de Pablo Picasso e outros cubistas da época.
No campo do cinema, suas ideias inspiraram a criação de um curta-metragem de forte carga poética e um tanto intrigante, começando pelo nome: Balé Mecânico (1924). O filme fragmenta a máquina e transforma o homem em uma espécie de robô, colocando-os numa sequência filmada para dançar o ritmo do século que despontava.
Vale lembrar que o cinema surgiu como uma arte diretamente ligada à mecânica, num período marcado por inovações e pelo surgimento de diversas máquinas, incluindo o cinematógrafo e o cinetoscópio.
Léger constrói uma obra poética ao captar a “harmonia dos movimentos” como uma verdadeira dança. Para sua câmera, tudo se torna dança: letras, palavras, correntes, rodas, o piscar de olhos, o sorriso, o balanço. Até os objetos inanimados ganham vida pela montagem dinâmica realizada pelo diretor: garrafas, chapéus, sapatos, panelas, talheres. Em meio a esse universo de coisas, as aparições humanas também assumem uma qualidade mecânica, como na repetição quase hipnótica da dona de casa subindo uma escada com um saco nas costas.
A forma como Léger organiza os fotogramas e estrutura o filme é essencialmente cubista: cada elemento aparece fragmentado, multiplicado, em um jogo espetacular de justaposições. Tudo no filme está em movimento e, mesmo quando a imagem parece estática (como uma barraca feita de castelos de cartas), sua composição sugere dinamismo. Em alguns momentos, além da máquina em funcionamento, a própria câmera se move. O resultado, como já mencionado, é extremamente poético, chegando a revelar um balé no gesto delicado de uma mulher ao cheirar uma flor. Esse é o balé concebido por Fernand Léger.
Balé Mecânico (Ballet mécanique, França, 1924)
Direção: Fernand Léger, Dudley Murphy
Roteiro: Fernand Léger
Elenco: Fernand Léger, Dudley Murphy, Katherine Murphy, Katrin Murphy
Duração: 19 minutos
Sou especialista em Cronoanálise Aplicada e Metanarrativas Interdimensionais. Graduado em Jadoo de Clio (Casa Corvinal) e com pós-doutorado em Psicohistória Avançada (Fundação Seldon), sou portador do Incal e atuo como historiador-chefe em Astro City, onde mapeio civilizações críticas. Atualmente, em exílio interdimensional, desenvolvo protocolos de resistência psíquica e coordeno operações linguísticas em Torchwood, decifrando sistemas de comunicação audiovisual e pluriliterários. Utilizo minha TARDIS como base para simulações estratégicas da Agência Alfa, transformando crises cósmicas em modelos previsíveis sob a ótica Mystère. Também lidero a transição para Edena em parceria com o Dr. Manhattan, alterando o eixo ontológico universal para um encontro definitivo com a Presença.
Críticas recentes:
– Lilo & Stitch (2025)
– O Leitor (2008)
– Missão: Impossível – O Acerto Final
– Confusões à Italiana
– Nosferatu: A Linguagem das Sombras
– Premonição 6: Laços de Sangue
– Ninguém Sai Vivo Daqui (2023)
– Companheiros, Quase Uma História de Amor
– The Alto Knights: Máfia e Poder
Perguntas Frequentes:
1. Qual é a principal característica das composições artísticas de Fernand Léger que o diferencia de outros cubistas como Pablo Picasso?
Fernand Léger se destacou por desenvolver composições que se distanciavam das linhas retas predominantes no cubismo tradicional, criando obras com fragmentação e multiplicação dos elementos em justaposições dinâmicas.
2. Como o filme “Balé Mecânico” de 1924 reflete as ideias artísticas de Fernand Léger?
“Balé Mecânico” utiliza a fragmentação cubista, a justaposição de elementos e o dinamismo das imagens para transformar máquinas e seres humanos em uma coreografia poética, revelando uma dança mecânica que capta a harmonia dos movimentos no ritmo da modernidade.
3. Qual a importância da mecânica e do movimento no curta-metragem “Balé Mecânico”?
O filme destaca a relação entre cinema e mecânica, mostrando objetos e pessoas como partes de uma sequência em movimento contínuo, onde até os objetos inanimados ganham vida pela montagem dinâmica, refletindo o ritmo acelerado do século XX e a essência da dança criada por Léger.
- Nenhum índice disponível.