Inicialmente, Final Fantasy XII: Revenant Wings foi planejado para ser um título independente dentro da franquia. Contudo, durante seu desenvolvimento, decidiu-se transformá-lo em uma sequência de Final Fantasy XII. Mesmo assim, o produtor Yosuke Yokoyama sugeriu que o público o encarasse como um jogo novo da série Final Fantasy, e não como uma continuação direta.
A narrativa se passa um ano depois dos acontecimentos de Final Fantasy XII. Vaan e Penelo, agora sky-piratas, junto com Balthier e Fran, descobrem um tesouro em ruínas desconhecidas chamado Cache of Glabados, que guarda duas pedras misteriosas envoltas em lendas. Ao retirarem as pedras do pedestal, um tremor começa, destruindo a aeronave de Vaan. Ele e Penelo precisam fugir usando a nave dos outros dois piratas.
Após algum tempo, os dois órfãos retornam a Rabanastre, quando uma nave desconhecida cai na cidade. Aproveitando a chance, Vaan decide roubá-la, mas isso os leva ao continente perdido de Lemurés, onde se desenrola o restante da história. Revenant Wings apresenta um enredo mais simples que o jogo anterior, dispensando as complexas reviravoltas e intrigas políticas. O conflito entre bem e mal retorna de forma mais clara, com uma antagonista presente durante grande parte da trama.
Um ponto clássico das sequências de videogames está presente aqui: o protagonista perde parte do protagonismo. Vaan, que ao final de Final Fantasy XII enfrentava monstros gigantescos, agora lida com inimigos menores e pouco desafiadores. Embora o jogo tente compensar isso com diálogos, a sensação de enfraquecimento persiste.
No aspecto jogabilidade, Revenant Wings traz uma versão simplificada do sistema de Final Fantasy XII. Os combates ocorrem sem transição para uma tela separada, e o sistema de gambits permite programar ações dos membros da equipe. Os ataques especiais, magias e os quickenings continuam presentes. A principal novidade está no sistema de fraquezas, que divide os ataques em três tipos: corpo a corpo, que é vulnerável a ataques aéreos; ataques aéreos, cuja fraqueza são os ataques de longa distância; e estes últimos, que têm fraqueza nos ataques corpo a corpo. Os summons ganham destaque, sendo invocados na maioria das batalhas por meio de portais.
A história de Revenant Wings avança através de missões, cada uma configurada como um cenário onde é preciso derrotar um número específico de inimigos. Diferente do título anterior, não há exploração livre; a movimentação dos personagens se limita à seleção das áreas dentro dos objetivos do jogo.
Visualmente, o jogo adota um estilo mais cartunesco, afastando-se do realismo do seu antecessor, embora mantenha as características essenciais dos personagens. A trilha sonora não traz grandes inovações, reutilizando temas do jogo original e acrescentando algumas músicas novas ao repertório.
Em poucas horas de jogo, é possível perceber que Revenant Wings funciona como um complemento menor à história de Final Fantasy XII. A jogabilidade é eficiente, porém simplificada demais, o que pode não agradar totalmente os fãs do título original. Assim, pode-se vê-lo como um jogo à parte, conforme desejado por Yokoyama, não por sua narrativa, mas pela ausência dos elementos que fizeram de Final Fantasy XII um sucesso.
Final Fantasy XII: Revenant Wings
Desenvolvedora: Square Enix
Lançamento: 26 de abril de 2007 (Japão), 20 de novembro de 2007 (EUA)
Gênero: RPG
Plataforma: Nintendo DS
Perguntas Frequentes:
1. Qual é a relação entre Final Fantasy XII: Revenant Wings e Final Fantasy XII?
Final Fantasy XII: Revenant Wings foi inicialmente planejado como um título independente, mas durante o desenvolvimento tornou-se uma sequência direta de Final Fantasy XII. No entanto, o produtor Yosuke Yokoyama recomendou que os jogadores o encarem como um novo jogo da série, não como uma continuação direta, pois apresenta uma narrativa mais simples e uma jogabilidade diferenciada.
2. Como é a jogabilidade de Revenant Wings em comparação com Final Fantasy XII?
Revenant Wings traz uma versão simplificada do sistema de combate de Final Fantasy XII, com batalhas em tempo real sem transição para telas separadas. O jogo utiliza um sistema de fraquezas baseado em ataques corpo a corpo, aéreos e de longa distância, além de destacar as invocações (summons) feitas por meio de portais. A exploração livre foi substituída por missões estruturadas, limitando a movimentação dos personagens às áreas designadas.
3. Quais são as principais diferenças visuais e sonoras entre Revenant Wings e Final Fantasy XII?
Visualmente, Revenant Wings apresenta um estilo mais cartunesco, afastando-se do realismo do jogo anterior, embora mantenha as características essenciais dos personagens. A trilha sonora reutiliza temas do título original, acrescentando algumas músicas novas, mas sem grandes inovações.
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