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Análise Crítica do Filme Critica Final Fantasy Xii: Vale a Pena Assistir?

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Originalmente concebido para ser um título online, Final Fantasy XII incorporou diversas características típicas dos MMOs (massive multiplayer online), incluindo referências ao próprio Final Fantasy XI, o primeiro jogo online da série. No entanto, ainda nas fases iniciais de desenvolvimento, esse conceito foi abandonado, transformando o game em uma experiência focada no modo single-player. O resultado é um Final Fantasy que pode agradar até mesmo quem não é fã da franquia.

Final Fantasy XII integra a Ivalice Alliance, um projeto semelhante a outras coletâneas como Compilation of Final Fantasy VII ou Fabula Nova Crystallis, ou seja, uma série de jogos ambientados no mesmo universo. A trama começa com uma narração dos eventos que antecedem o início da história principal. O Império de Archadia está em guerra contra Rozarria, e o pequeno reino de Dalmasca acaba se tornando o campo de batalha entre essas duas potências expansionistas. Quando o conflito se aproxima da fronteira de Dalmasca, o rei Raminas opta por um tratado de paz que, na prática, representa a rendição do reino a Archadia. Assinado com sangue real, o acordo resulta na anexação de Dalmasca ao império.

O mapa de Ivalice

Anos depois, a narrativa foca em Vaan, um órfão que vive na capital Dalmasca, Rabanastre, e sonha em se tornar um sky pirate. Por meio de pequenas aventuras, o jovem acaba envolvido com um grupo rebelde que luta para restaurar a independência de Dalmasca. Ao longo da jornada, Vaan conhece desde piratas e capitães desonrados até a própria princesa de seu reino. Assim, acompanhamos a história pelos olhos de um adolescente que é levado pela corrente dos acontecimentos.

É impossível não notar semelhanças entre a trama de Final Fantasy XII e Final Fantasy II. A principal diferença está na profundidade dos personagens e na complexidade política. Archadia é apresentada como a antagonista, mas trata-se apenas de um império em expansão – o imperador é um homem ambicioso, não uma figura demoníaca como em FFII. O jogo abandona o maniqueísmo presente em muitos títulos anteriores da franquia, uma mudança que começou em Final Fantasy VI e foi consolidada aqui.

Por outro lado, isso gera um desafio para o título: a ausência de um vilão marcante. Embora existam os juízes, não há uma figura constante e sombria como nos jogos pós-FFVI. Isso pode causar a sensação de que não há uma ameaça real e, com tantas missões secundárias, é fácil esquecer que o conflito principal é contra Archadia. No fim, a história de Final Fantasy XII tende a ser pouco memorável, sem eventos grandiosos e com uma identidade menos definida.

Esse distanciamento também se reflete no design do jogo. O visual adotado é mais realista, o que acaba uniformizando a aparência dos personagens, que apresentam traços e roupas bastante semelhantes. Apenas os juízes se destacam, graças às suas armaduras, que mesmo assim são bastante parecidas entre si, variando principalmente nos capacetes. Essa falta de originalidade no visual prejudica a força dos protagonistas, cujas personalidades não são suficientes para compensar o design pouco criativo. Ainda assim, o jogo impressiona até hoje com seus gráficos, especialmente considerando que foi lançado para o PlayStation 2.

Se os personagens e a história não ficam tão marcantes, a jogabilidade de Final Fantasy XII certamente deixa uma impressão duradoura. O sistema de batalha abandona as tradicionais telas de combate, ocorrendo diretamente no cenário onde controlamos os personagens. Os inimigos aparecem em pontos fixos e, ao nos aproximarmos, podemos escolher ações como atacar, usar magia ou itens. Não há mais encontros aleatórios. Quem jogou Knights of The Old Republic pode reconhecer semelhanças nesse sistema. Após escolher um comando, uma barra é carregada antes da execução, mantendo um traço do Active Time Battle da franquia.

Quanto aos companheiros, podemos controlar cada um diretamente alternando entre eles ou configurar o sistema de gambits, que funciona como uma inteligência artificial, automatizando suas ações conforme regras definidas pelo jogador. Embora o sistema de gambits seja complexo para dominar, ele é extremamente gratificante e quase indispensável para derrotar certos inimigos.

Depois de vencer cada adversário, ganhamos pontos de experiência para subir de nível, além dos license points (LP). O License Board, similar ao Sphere Grid de Final Fantasy X, permite desbloquear licenças para usar equipamentos e magias. Esse sistema torna o progresso dos personagens mais dinâmico, tornando o level grinding menos cansativo e mais recompensador.

Os summons e limit breaks retornam com algumas modificações. Para obter um summon, é necessário derrotá-lo em batalha, o que não é tarefa fácil. Os limit breaks, renomeados como quickenings, agora consomem magia em vez da tradicional barra de limite.

Um destaque especial são as side-quests, especialmente as Hunts, que consistem em caçadas a monstros especiais que oferecem ótimas recompensas. Essas missões aumentam em dificuldade progressivamente e são os maiores desafios do jogo, incentivando o level grinding.

A trilha sonora, pela primeira vez em um título principal da franquia, não foi composta por Nobuo Uematsu, mas sim por Hitoshi Sakimoto. O resultado é uma música que cumpre seu papel, mas sem criar temas tão memoráveis quanto os clássicos da série, famosa por suas melodias.

Final Fantasy XII é o jogo que mais se distancia dos padrões estabelecidos pela longa franquia. Incorporando elementos de Final Fantasy XI, muitas vezes parece um MMO. Como mencionado, é um Final Fantasy que pode agradar a quem não acompanha a série, seja pelo design, jogabilidade ou história, mas pode não conquistar os fãs mais antigos.

Final Fantasy XII
Desenvolvedora: Square Enix
Lançamento: 16 de março de 2006 (Japão), 31 de outubro de 2006 (EUA)
Gênero: RPG
Plataforma: PlayStation 2

Refugiado de uma galáxia muito, muito distante, acabei neste planeta do setor 2814 por engano. Guiado pela paixão por filmes, me encontrei no ramo do Cinema e Audiovisual, onde hoje exploro diversas aventuras. Mas meu fascínio pelo entretenimento terrestre vai além das telas — literatura, séries e games são partes essenciais dessa longa jornada.

Críticas recentes:
– The Last of Us: Left Behind
– Indiana Jones e o Cajado dos Destinos
– Assassin’s Creed Shadows
– The Last of Us Part I
– Mortal Kombat (2011)
– Red Dead Redemption 2
– Cyberpunk 2077
– Lost: Via Domus
– Lost: The Mobile Game

Perguntas Frequentes:
1. Qual é o estilo de jogabilidade de Final Fantasy XII e como ele difere dos jogos anteriores da série?
Final Fantasy XII apresenta um sistema de batalha em tempo real que ocorre diretamente no cenário, sem telas de combate separadas e sem encontros aleatórios. O jogador pode controlar os personagens diretamente ou configurar o sistema de gambits, uma inteligência artificial que automatiza as ações dos companheiros conforme regras definidas. Esse sistema é uma grande mudança em relação aos combates tradicionais por turnos dos títulos anteriores.

2. Como é a história de Final Fantasy XII e quais são suas principais características?
A trama se passa no mundo de Ivalice, onde o Império de Archadia está em guerra contra Rozarria, e o pequeno reino de Dalmasca é anexado após um tratado de paz. A história acompanha Vaan, um órfão que sonha em ser sky pirate e acaba envolvido na luta pela independência de seu reino. A narrativa é marcada por um tom político mais complexo, com menos maniqueísmo e sem um vilão marcante, o que pode tornar a história menos memorável.

3. Quem foi o compositor da trilha sonora de Final Fantasy XII e como ela se compara às músicas dos jogos anteriores?
A trilha sonora de Final Fantasy XII foi composta por Hitoshi Sakimoto, sendo a primeira vez que um título principal da série não tem Nobuo Uematsu como compositor. A música cumpre seu papel no jogo, mas não apresenta temas tão memoráveis quanto os clássicos da franquia.

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