Final Fantasy XIII marcou a estreia da série nos consoles PlayStation 3 e Xbox 360, e é um dos títulos mais polêmicos da franquia. O jogo é a peça central do projeto Fabula Nova Crystallis, que faz uma clara alusão às raízes da série Final Fantasy. Diferente de outros projetos como Compilation of Final Fantasy VII e Ivalice Alliance, que reúnem jogos em um mesmo universo, Fabula Nova Crystallis apresenta histórias distintas, mas que compartilham uma mitologia comum.
Logo no início do jogo, somos impactados pelos gráficos impressionantes, que mesmo após quatro anos continuam atuais. A cena inicial mostra Lightning e Sazh em um trem que atravessa uma cidade futurista, um cenário nunca antes explorado na série. A narrativa começa de forma confusa, já que o jogador é inserido em meio a uma guerra civil sem muitas explicações, e o trem acaba sendo destruído, obrigando os personagens a fugir. Embora alguns elementos da história sejam apresentados, a maior parte ainda permanece obscura.
Esse é um dos pontos negativos do título: a história começa já em andamento e oferece poucas informações, deixando muitos detalhes escondidos até mesmo com o avanço do jogo. A mitologia de Final Fantasy XIII é extensa, mas não é apresentada de forma acessível para quem não está familiarizado com o universo. Para ajudar, o jogo dispõe de um datalog nos menus que esclarece os eventos antes e durante a aventura — uma solução útil, porém que deveria estar mais integrada à própria narrativa.
Sobre os personagens, após algumas cenas, somos introduzidos ao sistema de combate, que inicialmente pode parecer estranho por ainda não estar totalmente desenvolvido. O prólogo do jogo é outro ponto criticado, pois funciona basicamente como um longo tutorial que dura cerca de quatro horas, exigindo paciência do jogador antes de apresentar todas as mecânicas de batalha.
O sistema de combate, chamado Command Synergy Battle, é uma evolução do clássico sistema Active-Time Battle. A barra de tempo ativa (ATB) continua presente, mas agora é dividida em segmentos, permitindo ao jogador programar várias ações em sequência. Conforme o jogo avança, é possível aumentar o número dessas barras, proporcionando combates mais dinâmicos. O grande diferencial são os paradigm shifts, que permitem alternar entre diferentes estratégias de equipe durante as batalhas, algo essencial em confrontos contra chefes.
Diferente da maioria dos jogos da série, em Final Fantasy XIII cada personagem pode desempenhar múltiplos papéis, o que lembra o sistema de Jobs de Final Fantasy III. As funções disponíveis incluem comando, ravager, sentinela, synergist, medic e saboteur, cada uma com especializações distintas. Antes dos combates, o jogador pode montar paradigmas que definem as tarefas de cada membro, e a troca entre eles durante a batalha é crucial para o sucesso.
Ao final de cada luta, os personagens não ganham experiência tradicional, mas sim Crystal Points (CP). Esse sistema é semelhante ao de Final Fantasy X, onde os pontos acumulados são usados para melhorar atributos como ataque, magia e mana, um método que torna a evolução dos personagens mais dinâmica e perceptível.
Voltando à história, depois do prólogo, começamos a entender a jornada dos protagonistas: Lightning, Sazh, Hope, Vanille e Snow foram transformados em L’Cie, seres com uma missão imposta pelos Fal’Cie, entidades quase divinas. Perseguidos, eles precisam descobrir qual é seu objetivo enquanto lutam contra um destino aparentemente inevitável. Assim como em Final Fantasy X, a narrativa é bastante linear, guiando o jogador do começo ao fim. Contudo, próximo ao final, o mundo se torna mais aberto, liberando diversas missões secundárias que enriquecem a experiência.
A trilha sonora, composta por Masashi Hamauzu, traz temas marcantes que combinam perfeitamente com a atmosfera e o visual futurista do jogo. Destacam-se especialmente as músicas das batalhas, que refletem a velocidade e o tom da ação. No entanto, uma ausência notável é o tradicional Victory Fanfare, que não aparece em momento algum.
Final Fantasy XIII é um título que demanda paciência, principalmente no começo, mas que recompensará o jogador com um dos melhores sistemas de combate da série, gráficos ainda impressionantes e uma mitologia rica. Apesar de algumas falhas na narrativa, o jogo consegue envolver do início ao fim. Por mais controverso que seja, é uma experiência indispensável para os fãs da franquia.
Final Fantasy XIII
Desenvolvedora: Square Enix
Lançamento: 17 de dezembro de 2009 (Japão), 9 de março de 2010 (EUA)
Gênero: RPG de Turnos
Plataformas: PS3, Xbox 360
Perguntas Frequentes:
1. Qual é o sistema de combate utilizado em Final Fantasy XIII e como ele funciona?
Final Fantasy XIII utiliza o sistema Command Synergy Battle, uma evolução do clássico Active-Time Battle (ATB). A barra de tempo ATB é dividida em segmentos que permitem programar várias ações em sequência. Além disso, o jogo introduz os paradigm shifts, que possibilitam alternar entre diferentes estratégias de equipe durante as batalhas, o que é essencial para enfrentar chefes. Cada personagem pode desempenhar múltiplos papéis, como comando, ravager, sentinela, synergist, medic e saboteur, semelhantes ao sistema de Jobs de Final Fantasy III.
2. Por que a narrativa de Final Fantasy XIII é considerada confusa no início do jogo?
A narrativa começa no meio de uma guerra civil sem muitas explicações, inserindo o jogador diretamente na ação, o que pode causar confusão. Grande parte da história e da mitologia do jogo é extensa, mas não é apresentada de forma acessível para quem não está familiarizado com o universo de Fabula Nova Crystallis. Para ajudar, o jogo inclui um datalog nos menus que esclarece eventos, porém a falta de integração dessa informação na narrativa principal é vista como um ponto negativo.
3. Em quais plataformas Final Fantasy XIII está disponível e quando foi lançado?
Final Fantasy XIII foi lançado para PlayStation 3 e Xbox 360. O lançamento ocorreu em 17 de dezembro de 2009 no Japão e em 9 de março de 2010 nos Estados Unidos.
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