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Análise Crítica do Filme Critica Thanos Rising 1 Marvel Now: Vale a Pena Assistir?

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Ao revisitar o vasto universo dos quadrinhos, repleto de heróis e vilões memoráveis, não tenho dúvidas de que Jim Starlin figura entre os maiores criadores de personagens da história. Embora quantidade não garanta qualidade, arrisco dizer que ele rivaliza criativamente com lendas como Stan Lee e Jack Kirby.

É claro que essa é uma opinião pessoal, mas guardo lembranças incríveis de personagens mainstream que ele reinventou, como Capitão Marvel e Adam Warlock, além de Drax, Gamora e Shang-Chi. Porém, talvez sua criação mais impressionante — ainda que não a mais famosa, falarei sobre isso em breve — seja Dreadstar, uma série que acompanhei do começo ao fim e que apresentei ao meu colega Luiz Santiago, que publicou críticas excelentes sobre a obra (confira Dreastar Omnibus vol. 1 e Dreastar: A Odisseia da Metamorfose).

Entretanto, é Thanos quem carrega o título de sua criação mais conhecida. Ele não é apenas um dos cinco maiores vilões da Marvel — pelo menos na minha visão —, mas também um personagem fascinante, cuja ligação com a personificação da Morte, sua amante, o torna provocativo e complexo. Surgido em 1973 e claramente inspirado em Darkseid, o antagonista da DC criado por Kirby três anos antes, Thanos apareceu pela primeira vez em um evento crossover sem nome, que envolveu títulos como Homem de Ferro, Capitão Marvel, Marvel Feature, Demolidor e Vingadores. Desde então, tornou-se figura constante, atormentando os heróis da Marvel diversas vezes. Seu impacto é tão grande que ele faz uma aparição surpresa no filme dos Vingadores e terá papel central na segunda fase do Universo Cinematográfico Marvel.

Com a proximidade de mais um grande evento cósmico com o vilão, a Marvel lançou uma minissérie de cinco edições que detalha sua origem, buscando nivelar o conhecimento dos leitores sobre esse híbrido entre Eternos e Deviantes. Esse é o propósito de Thanos Rising, um prelúdio tanto para os quadrinhos quanto para os filmes.

No entanto, o primeiro número decepciona bastante — tanto que só espero uma melhora significativa nas próximas edições, pois para superar essa queda, o roteirista Jason Aaron teria que se esforçar muito.

Quem conhece Thanos sabe que ele é impiedoso, capaz de dizimar bilhões de vidas em toda a galáxia. Se você ainda não o conhece, pode confiar na minha palavra.

Logo no começo, acompanhamos Thanos caminhando pelas ruínas de Titã, a maior lua de Saturno e seu local de nascimento, fruto da união entre Mentor e Sui-San. Lá, em meio à devastação causada por ele mesmo, recordamos o nascimento do personagem. Enquanto Sui-San espera um filho perfeito, como todos os Eternos, ela tenta eliminar a criatura monstruosa que nasce, mas é impedida pelo marido, que vê Thanos — cujo nome deriva do grego “thanatos”, que significa morte — como algo extraordinário, até mesmo melhor que ar-condicionado.

À medida que o garoto cresce, a expectativa é que ele seja rejeitado por seus semelhantes, semelhante ao que ocorre com os mutantes na Terra, e que isso o conduza à maldade e vingança.

Surpreendentemente, Aaron foge desse clichê, mas acaba criando algo ainda pior ao introduzir uma garota misteriosa — provavelmente a Morte em forma manipuladora — que conduz Thanos e seus colegas a uma caverna, onde um desabamento os sepulta. Seus amigos acabam sendo devorados por iguanas gigantes, enquanto Thanos, de coração puro, não consegue sequer ferir os predadores, e os perdoa. Só que essa jovem misteriosa acaba influenciando sua mente de forma obscura.

A narrativa sugere que Thanos se tornou o que é por ter matado algumas criaturas — uma explicação que soa fraca e pouco convincente. Além disso, a chacina dos lagartos é usada como cliffhanger para a próxima edição, que promete mostrar um lagarto mutante se transformando e atacando Thanos, que será repreendido pelo pai e isolado em um quarto acolchoado, assim como sua mãe, que enlouqueceu após o parto.

Espero que Aaron tenha um plano maior e que essa justificativa para a transformação de Thanos seja parte de algo mais profundo. Pelo menos, é o que desejo.

Mesmo com a narrativa fraca, a arte de Simone Bianchi é um ponto forte em Thanos Rising. O ilustrador italiano consegue modernizar o uniforme do personagem, tornando-o mais imponente sem perder as referências ao estilo clássico de Starlin. Seus desenhos apresentam um nível de detalhes impressionante em cada página, com traços que conferem profundidade e personalidade a cada rosto, tornando-os únicos. Até mesmo Thanos, com sua pele roxa, queixo peculiar e olhar vazio, se mostra convincente e perfeitamente integrado ao elenco.

Infelizmente, a qualidade visual não é suficiente para sustentar uma história pobre e pouco desenvolvida. Tenho certeza de que Jim Starlin desaprovaria essa abordagem.

Ao longo da minha vida, aprendi a fazer cara feia com Marion Cobretti, a escapar de enrascadas como John Matrix e a me apaixonar por personagens como Stephanie Zinone, mesmo diante de fortes concorrentes como Emmeline Lestrange e Lisa. Inspirei-me em Daniel-San para lutar e em Maverick para pilotar aviões de cabeça para baixo. Vivi aventuras dignas de um viajante do tempo, amante de carros icônicos e herói de histórias memoráveis.

[Segue lista de críticas de outras obras, sem relação direta com o texto anterior.]

Perguntas Frequentes:
1. Quem é Jim Starlin e qual a importância dele no universo dos quadrinhos?
Jim Starlin é um renomado criador de personagens no universo dos quadrinhos, reconhecido por reinventar figuras como Capitão Marvel, Adam Warlock, Drax, Gamora e Shang-Chi. Ele é considerado um dos maiores criadores da história, rivalizando com lendas como Stan Lee e Jack Kirby. Sua criação mais famosa é o vilão Thanos, um personagem complexo e central dentro do Universo Marvel.

2. Qual é a origem do personagem Thanos e como ela é retratada na minissérie “Thanos Rising”?
Thanos é um híbrido entre Eternos e Deviantes, nascido na lua Titã, de Saturno, fruto da união entre Mentor e Sui-San. Na minissérie “Thanos Rising”, lançada pela Marvel, sua origem é detalhada para nivelar o conhecimento dos leitores. A história mostra sua infância, a rejeição por seus semelhantes e uma influência obscura de uma garota misteriosa que possivelmente representa a Morte. No entanto, a narrativa da primeira edição recebeu críticas por ser fraca e pouco convincente.

3. Como é a arte da minissérie “Thanos Rising” e qual foi a reação do autor do artigo sobre a história?
A arte de “Thanos Rising” é assinada pelo ilustrador italiano Simone Bianchi, que moderniza o uniforme de Thanos, mantendo referências ao estilo clássico de Starlin, com desenhos detalhados e expressivos que conferem profundidade aos personagens. Apesar da qualidade visual elogiada, o autor do artigo criticou a história por ser fraca e pouco desenvolvida, expressando a esperança de que o roteirista Jason Aaron tenha um plano maior para as próximas edições.

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