Imagem

Análise Crítica do Filme Entenda Melhor 50 Anos De 007 Parte 1: Vale a Pena Assistir?

Home > Filmes > Análise Crítica do Filme Entenda Melhor 50 Anos De 007 Parte 1: Vale a Pena Assistir?

“Bond. James Bond.”

Quem nunca pronunciou essa icônica frase ou se lembrou das famosas Bond Girls, dos gadgets tecnológicos, da trilha sonora instrumental ou das marcantes canções que marcaram cada filme da série 007? Seja fã ou não, é impossível negar que James Bond está profundamente enraizado na cultura popular.

Na última sexta-feira, 5 de outubro de 2012, celebramos meio século da presença do agente secreto nas telonas. A primeira exibição oficial de “007 Contra o Satânico Dr. No” aconteceu exatamente nessa data, em 1962, em Londres.

Aqui no Plano Crítico, estamos preparando um super especial para comemorar os 50 anos dessa franquia que já é um clássico, com o lançamento do 23º filme oficial previsto para 26 de outubro. Não poderíamos deixar passar essa data sem uma homenagem, mesmo que um pouquinho atrasada.

Decidimos então começar pelo início. Afinal, James Bond tem mais do que 50 anos — na verdade, são 59 anos desde sua criação. Vamos fazer uma viagem ao passado?

A ORIGEM LITERÁRIA DE BOND

Ian Fleming

Ian Fleming (1908–1964), oficial da Inteligência Naval britânica, teve uma carreira marcada pela elaboração de planos complexos, especialmente durante a Segunda Guerra Mundial. Um deles envolvia a captura da máquina de códigos Enigma dos alemães, que nunca foi colocado em prática. Outro plano, que falhou, tentou extorquir dinheiro de membros do Partido Nazista através de um jogo de baccarat no Cassino de Estoril — experiência essa que inspirou a criação do personagem James Bond, conforme discutido em nossa análise do livro “Cassino Royale”.

Durante um período de descanso em sua propriedade na Jamaica, batizada Goldeneye — nome que mais tarde foi usado para reviver a franquia cinematográfica estrelada por Pierce Brosnan — Fleming, motivado pelo irmão, também escritor, escreveu “Cassino Royale”. O protagonista foi inspirado em suas próprias experiências, mas aprimorado em diversos aspectos.

Na imaginação de Fleming, James Bond era uma mistura dele mesmo com o cantor e compositor americano Hoagie Carmichael (1899–1981), famoso por músicas como “Stardust” e “Georgia on My Mind”. O nome do agente veio do ornitólogo James Bond, autor do livro “Birds of the West Indies”, leitura que Fleming tinha em mãos.

O verdadeiro James Bond

O sucesso dos livros foi tão grande que Fleming escreveu doze romances e duas coletâneas de contos sobre o agente. Após sua morte por um ataque cardíaco, outros autores autorizados deram continuidade às histórias. Atualmente, além dos quatorze livros originais, há mais de trinta romances adicionais, incluindo cinco novelizações baseadas em filmes. A juventude do personagem também foi explorada em seis livros lançados entre 2005 e 2009, sem falar na trilogia “The Moneypenny Diaries”, que foca na secretária de M, Miss Moneypenny, eternamente apaixonada por Bond.

BOND NA TELEVISÃO E NO RÁDIO

Antes do primeiro filme, James Bond já havia sido adaptado para outras mídias. Em 1954, nove anos antes da estreia de “Dr. No”, a CBS adquiriu os direitos de “Cassino Royale” e o transformou em um episódio da série “Climax!”, exibido em 21 de outubro daquele ano. Curiosamente, o personagem não era James Bond, mas sim Jimmy Bond, agente da CIA, e foi interpretado por Barry Nelson.

Além disso, Roger Moore, famoso por interpretar 007 no cinema a partir de 1973, já havia vivido Bond na televisão em 1964, em um episódio que adotava um tom mais cômico — uma característica que ele carregaria em suas atuações posteriores.

No rádio, Bond também marcou presença: em 1956, a estação sul-africana adaptou “007 Contra a Chantagem Atômica”. A BBC iniciou suas próprias adaptações radiofônicas em 1990, com produções que foram até 2012, incluindo uma versão de “Moscou Contra 007”.

BOND NOS QUADRINHOS

Aqui no Plano Crítico, que também é dedicado aos quadrinhos, não poderíamos deixar de destacar a passagem de Bond por esse meio. Em 1958, antes da estreia do primeiro filme, “Cassino Royale” foi adaptado para tiras em jornal pelo Daily Express. O desenho ficou a cargo de John McLusky, com roteiro de Anthony Hern. Desde então, houve várias outras adaptações em quadrinhos, algumas independentes e outras relacionadas ao lançamento dos filmes.

Em breve, publicaremos a Parte 2 deste especial, focando em Bond no cinema.

Por ora, celebremos os 50 anos do agente secreto nas telas com um clássico Martini de vodka, shaken, not stirred.

Sou alguém que aprendeu a fazer cara fechada com Marion Cobretti, a escapar de enrascadas ao estilo John Matrix e me encantei por Stephanie Zinone, mesmo que Emmeline Lestrange e Lisa tenham sido concorrentes à altura. Comecei a lutar inspirado em Daniel-San e a pilotar aviões de cabeça para baixo com Maverick. Já vim do futuro para salvar Sarah Connor, cuido do Gizmo antes da meia-noite e, de vez em quando, preciso ir ao Bairro Proibido para afastar demônios. Fui policial, blade runner, assassino, mas às vezes retorno às antigas atividades, grito um “yippee ki-yay” e saio para dar uma volta numa Ferrari ou em um V8 Interceptor, acompanhado por Jessica Rabbit.

Perguntas Frequentes:
1. Quem foi Ian Fleming e qual foi sua contribuição para a criação do personagem James Bond?
Ian Fleming foi um oficial da Inteligência Naval britânica e escritor, que criou James Bond inspirado em suas próprias experiências durante a Segunda Guerra Mundial, combinando aspectos pessoais e referências como o cantor Hoagie Carmichael e o ornitólogo James Bond. Ele escreveu doze romances e duas coletâneas de contos que deram origem à franquia.

2. Como James Bond foi adaptado para outras mídias antes do primeiro filme?
Antes do lançamento do primeiro filme em 1962, James Bond já havia sido adaptado para televisão em 1954, no episódio “Cassino Royale” da série “Climax!”, onde o personagem foi chamado de Jimmy Bond e interpretado por Barry Nelson. Também apareceu na televisão em 1964 com Roger Moore e teve adaptações radiofônicas, incluindo produções da BBC entre 1990 e 2012.

3. De que formas James Bond apareceu nos quadrinhos?
James Bond foi adaptado para tiras em jornais em 1958, antes do primeiro filme, com “Cassino Royale” no Daily Express, desenhado por John McLusky e roteirizado por Anthony Hern. Desde então, houve diversas outras adaptações em quadrinhos, algumas ligadas aos filmes e outras independentes, ampliando a presença do personagem nesse meio.

O que você vai encontrar
  • Nenhum índice disponível.