Call of Duty: Modern Warfare 2 foi lançado em novembro de 2009 e, em breve, ganhará um pacote de expansão. Isso leva à pergunta: por que estou falando sobre o primeiro Modern Warfare, um título de 2007, que já é considerado antigo?
A explicação é simples: não sou alguém que joga videogames o tempo todo e estou bastante atrasado em relação aos lançamentos mais recentes. Poderia ter começado direto pelo Modern Warfare 2, mas tenho uma espécie de compulsão que me impede de pular etapas. Por isso, decidi jogar o Call of Duty 4: Modern Warfare primeiro.
Vale destacar que, apesar de ser o quarto jogo da franquia, nunca joguei os três primeiros, que, pelo que sei, se passam na Segunda Guerra Mundial. Preferi partir direto para as guerras modernas, já que, até então, só havia experimentado dois jogos em primeira pessoa desse período: Resistance: Fall of Man e Resistance 2.
Call of Duty 4 é um jogo relativamente curto, porém bastante intenso. Após um breve tutorial de cerca de dois minutos, você é lançado em missões empolgantes ambientadas no Oriente Médio, assumindo o papel ora de um soldado britânico das forças S.A.S., ora de um fuzileiro naval americano (U.S. Marines). Essa alternância é interessante e permite experimentar diferentes armas, desde pistolas simples até um lança-mísseis antitanque, que se destaca pela sua eficácia. O objetivo das missões é direto: desmantelar uma célula terrorista liderada por um vilão bastante estereotipado.
O diferencial do jogo está na tentativa de oferecer um combate o mais realista possível. Não há um medidor de saúde tradicional; em vez disso, a tela vai ficando progressivamente vermelha conforme você sofre danos, até a morte — que, no meu caso, acontecia a cada poucos minutos. De maneira pouco realista, porém, ao se esconder após ficar muito ferido, sua saúde é restaurada. Afinal, é um videogame, não a realidade, embora algumas missões sejam tão tensas que é possível sentir, mesmo que minimamente, a intensidade de um verdadeiro combate.
A palavra que melhor define a experiência é “intensidade”. Em campo, é necessário se abaixar ou até rastejar para não ser eliminado rapidamente pelos inimigos. Estou jogando no modo normal, mas um único tiro bem colocado pode ser fatal, independentemente da sua saúde. Por outro lado, um disparo seu bem calculado pode causar grande impacto nas forças adversárias. Atirar correndo é praticamente suicídio, com uma exceção que mencionarei mais adiante.
O jogo flui bem e apresenta uma narrativa simples de acompanhar. Em algumas missões, você assume o controle de veículos ou, mais precisamente, de armas montadas neles, como metralhadoras em jipes e armamentos pesados em um Hércules C-130. Na missão com o C-130, a visão é térmica em preto e branco, vista de cima, e é possível alternar entre três calibres diferentes, desde um menor para tiros precisos até um grande calibre capaz de destruir áreas e casas inteiras. Essa fase é tão divertida que dá vontade de jogar sem parar — além de ser a única em que você não pode morrer e tem munição ilimitada.
Em um momento bastante original, o jogo nos leva a um flashback, onde controlamos a versão mais jovem do capitão da unidade S.A.S. em uma missão stealth empolgante, que exige ser invisível e usar rifles de longo alcance em posições de sniper. Em certo ponto, é necessário acertar um alvo a quase um quilômetro de distância, considerando fatores como vento e o efeito Coriolis (a rotação da Terra). Após completar essa missão, o cenário desaba sobre você, e, depois de morrer várias vezes tentando escapar com calma e estratégia, resolvi simplesmente sair correndo de maneira desesperada. Curiosamente, essa tática funcionou, e consegui escapar ileso, mesmo sem me sentir um herói.
O jogo é realmente excelente, e mal posso esperar para experimentar a sequência. A única crítica é que ele é curto demais. Quando a ação começa a esquentar, o jogo termina, mas o final é bastante original, e os desenvolvedores ainda oferecem uma missão extra rápida e divertida após os créditos. Sem dúvidas, trata-se de um título que proporciona diversão intensa para um público adulto.
Minha experiência com jogos sempre foi diversa: aprendi a fazer cara feia com Marion Cobretti, fugir de enrascadas com John Matrix e me encantei por Stephanie Zinone, embora Emmeline Lestrange e Lisa tenham sido concorrentes fortes. Comecei a lutar inspirado em Daniel-San, pilotei aviões de cabeça para baixo com Maverick, viajei do futuro para enfrentar Sarah Connor, cuidei religiosamente do Gizmo antes da meia-noite e, ocasionalmente, precisei salvar o Bairro Proibido de demônios. Já fui policial, blade runner e assassino, mas às vezes retorno a essas atividades, solto um “yippe ki-yay, motherfucker” e pego a Ferrari do pai do Cameron ou o V8 Interceptor do Max para dar uma volta por Ridgemont High com Jessica Rabbit.
Perguntas Frequentes:
1. Qual é o enredo principal de Call of Duty 4: Modern Warfare e como ele se diferencia dos jogos anteriores da franquia?
– Call of Duty 4: Modern Warfare se passa em guerras modernas, com o jogador assumindo o papel de um soldado britânico das forças S.A.S. ou de um fuzileiro naval americano, com o objetivo de desmantelar uma célula terrorista. Diferente dos três primeiros jogos da franquia, que se passam na Segunda Guerra Mundial, este título foca em combates modernos e realistas.
2. Como funciona o sistema de saúde no Call of Duty 4: Modern Warfare?
– O jogo não possui um medidor tradicional de saúde. Quando o personagem sofre danos, a tela fica progressivamente vermelha até o jogador morrer. Para recuperar a saúde, o jogador precisa se esconder e evitar tiros por um tempo, o que faz com que a saúde seja restaurada automaticamente.
3. Quais são os destaques e pontos fortes do gameplay de Call of Duty 4: Modern Warfare?
– O jogo oferece missões intensas e variadas, incluindo combates em primeira pessoa e controle de armas montadas em veículos como jipes e o Hércules C-130. Um destaque é a missão de sniper em um flashback, que exige considerar fatores reais como vento e efeito Coriolis. A experiência é marcada pela intensidade, realismo no combate e variedade de armas, embora o jogo seja relativamente curto.
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