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Análise Crítica do Filme Sagas Marvel Battle Of The Atom: Vale a Pena Assistir?

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Brian Michael Bendis teve uma produção impressionante em 2013 na Marvel, especialmente com os títulos dos X-Men, além de liderar a saga Era de Ultron dentro do projeto Marvel NOW!, que agora está começando a ser publicado no Brasil. Sua segunda grande saga envolvendo os mutantes, Battle of the Atom (“Batalha do Átomo”), também gira em torno da viagem no tempo.

Ao contrário de Era de Ultron, Battle of the Atom merece ser lida e pode trazer desdobramentos interessantes para os mutantes da Marvel. Apesar de não ser exatamente original – afinal, viagens temporais já são um recurso bastante explorado nas histórias dos X-Men –, a saga pode agradar quem sente saudades de clássicos como Era de Apocalipse ou Dias de um Futuro Esquecido, este último até adaptado para o cinema.

A saga se desenrola reunindo dois números de cada um dos principais títulos dos X-Men na época: All-New X-Men, Uncanny X-Men, X-Men, e Wolverine & the X-Men. A história começa e termina com uma edição exclusiva chamada Battle of the Atom, o que ajuda a conectar os acontecimentos ao redor dos mutantes. Se você não tem acompanhado esses quadrinhos em inglês e quer evitar spoilers, é melhor parar por aqui.

A trama básica foi estabelecida desde All-New X-Men #1: com Cíclope liderando um grupo renegado, o Fera decide agir tentando solucionar o problema ao trazer os cinco X-Men originais do passado para o presente, para que eles possam conhecer o futuro dos mutantes e, assim, tentar mudá-lo. Isso coloca os jovens Cíclope, Garota Marvel, Fera (ainda sem pelos azuis), Homem de Gelo e Anjo no futuro, numa estratégia do cientista que é ao mesmo tempo egoísta e muito instigante.

O conflito ético que surge é se esses jovens do passado devem ou não retornar ao seu tempo. Os X-Men atuais têm o direito de obrigá-los a voltar ou devem respeitar o livre arbítrio deles? Essa questão tem sido o grande destaque da linha All-New X-Men, mas Bendis não para por aí.

Em Battle of the Atom, claramente influenciado por Era de Apocalipse, ele traz um grupo de X-Men vindos de um futuro possível para o presente. Entre eles estão o neto de Charles Xavier, Xorn, um Fera mais velho e ainda mais alterado, uma Kitty Pryde já idosa, Deadpool (mais calado que o habitual, mas ainda irritante) e Molly Hayes, uma das Fugitivas.

A confusão está armada, já que esses X-Men do futuro vêm alertar que os jovens do passado precisam retornar para evitar um futuro terrível para os mutantes. Mas quem são realmente esses visitantes? Suas intenções são tão claras quanto parecem? E onde estão os demais X-Men desse futuro? Estariam todos mortos? Bendis foge do clichê do futuro apocalíptico e, nos poucos momentos em que vemos esse futuro sombrio – principalmente através da personagem Magia, que desconfia da situação –, somos surpreendidos por revelações inesperadas. Esse frescor é bem-vindo, mesmo que a viagem no tempo já esteja um pouco desgastada no Universo Marvel.

Embora já tenhamos visto muitos futuros distópicos nos X-Men e em todo o universo Marvel, Battle of the Atom, junto com os números de All-New X-Men que o precederam, mexe com todas as linhas temporais – passado, presente e futuro. Isso pode abrir caminho para novas histórias em diversos títulos dos X-Men e apresenta “vilões conhecidos, porém novos” (para evitar spoilers, deixemos assim). No entanto, quem espera um fechamento definitivo pode se decepcionar.

A Marvel parece ter aprendido que seus leitores fiéis aceitam histórias que se entrelaçam em sagas intermináveis, sem respostas completas ou desfechos absolutos. Sabemos, por exemplo, o que acontecerá com os cinco jovens X-Men originais, mas pouco mais. Não há desfecho para os vilões, explicações sobre o futuro alternativo ou pistas claras sobre outra ameaça que ronda os X-Men nos títulos All-New X-Men e Uncanny X-Men, especialmente sobre o surgimento constante de Sentinelas sempre que os mutantes aparecem em público.

Apesar do suspense, Battle of the Atom funciona, talvez mais como uma reunião de continuidade entre os quatro títulos principais dos X-Men do que como uma saga propriamente dita. E, como fã, sei que vou aguardar ansiosamente pela próxima saga, na esperança de respostas para os mistérios deixados no ar. Afinal, esse é o ciclo de quem acompanha quadrinhos mainstream.

Battle of the Atom
Roteiro: Brian Michael Bendis, Jason Aaron, Brian Wood
Arte: Frank Cho, Stuart Immonen, Chris Bachalo, David Lopez, Giuseppe Camuncoli
Editora (EUA): Marvel Comics (setembro a outubro de 2013)
Editora (Brasil): Panini Comics (ainda não publicado)
Páginas: 148

Perguntas Frequentes:
1. O que é a saga Battle of the Atom e qual é sua relação com outras histórias dos X-Men?
A saga Battle of the Atom é um arco narrativo dos X-Men que envolve viagens no tempo e reúne personagens do passado, presente e futuro dos mutantes. Escrita por Brian Michael Bendis e outros autores, a história conecta quatro títulos principais dos X-Men da época: All-New X-Men, Uncanny X-Men, X-Men e Wolverine & the X-Men. A trama aborda o dilema ético de jovens X-Men originais trazidos do passado para o presente e apresenta um grupo de X-Men vindos de um futuro possível, trazendo suspense e revelações inesperadas.

2. Quando e onde a saga Battle of the Atom foi publicada?
Battle of the Atom foi originalmente publicada nos EUA pela Marvel Comics entre setembro e outubro de 2013, compilando um total de 148 páginas. No Brasil, a saga ainda não foi publicada pela Panini Comics, mas faz parte do projeto Marvel NOW! que está começando a ser lançado no país.

3. A saga Battle of the Atom tem um desfecho definitivo?
Não. Embora Battle of the Atom apresente uma história envolvente e conecte vários títulos dos X-Men, ela funciona mais como uma reunião de continuidade do que como uma saga com fechamento completo. Muitos mistérios e vilões permanecem sem explicação, e a história deixa em aberto questões que provavelmente serão exploradas em futuras sagas dos X-Men.

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