Sou fã de 30 Rock e, como já mencionei anteriormente, considero essa série uma verdadeira herdeira de Seinfeld, claro, respeitando as devidas proporções.
Tina Fey, criadora e roteirista do programa, é mestre em criar personagens marcantes, todos eles destacados em minha análise anterior. Embora a série não exija uma continuidade rígida, a terceira temporada inicia logo após os eventos da segunda, com Jack Donaghy (interpretado brilhantemente por Alec Baldwin) retornando à NBC. Nesta fase, os principais fios condutores dos episódios são o romance de Jack com Elisa, a enfermeira porto-riquenha da sua mãe, vivida pela carismática Salma Hayek (de Um Drinque no Inferno), e a busca de Jack pelo seu pai.
O relacionamento entre Jack e Elisa rende cenas hilárias, como a confissão forçada de Jack a um padre, devido à profunda religiosidade de Elisa, além das várias gafes racistas envolvendo Jack e até Liz Lemon (Tina Fey) ao se referirem a Elisa como “porto-riquenha”. Mas o que realmente se destaca é a peculiar relação de respeito mútuo entre Liz e Jack. Eles frequentemente se confrontam com verdades duras, mas nunca se afastam.
A temporada é repleta de episódios divertidíssimos, entre eles:
– Em “Believe in the Stars”, o segundo episódio, Liz Lemon volta de Chicago acompanhada de Oprah Winfrey (em uma participação especial excelente) e passa a seguir todas as suas recomendações cegamente, até ser surpreendida por uma revelação impagável ao final (não se preocupe, não vou estragar a surpresa);
– “Gavin Volure”, o quarto episódio, traz Steve Martin no papel-título. Jack visita seu guru, Gavin Volure, e Liz o acompanha, apenas para descobrir que Gavin é o parceiro ideal para ela, pois não pode ter nenhum contato físico. As situações que se seguem são memoráveis;
– No especial de Natal, Liz se envolve em uma campanha para ajudar crianças carentes, mas ao entregar os presentes, é recebida por dois adultos que, sem cerimônia, tomam os presentes dela. Determinada, Liz parte para desmascarar o programa, até se deparar com seus próprios preconceitos;
– Em “Flu Shot”, Liz se recusa a tomar a vacina contra a gripe, já que a NBC só distribui para os funcionários considerados “mais importantes”, excluindo sua equipe. No entanto, sua solidariedade é testada quando a ameaça da gripe coloca suas férias em risco;
– No episódio “The Bubble”, Liz descobre que seu namorado Drew (interpretado por Jon Hamm, de Mad Men) vive em uma “bolha da beleza”, onde é tratado como perfeito em tudo porque ninguém tem coragem de dizer a ele que é péssimo em certas coisas. Um episódio brilhantemente escrito que merece destaque;
– O episódio final, “Kidney Now!”, mostra Jack organizando um “We Are The World” para arrecadar um rim para seu pai. Embora o enredo não seja o ponto forte, o episódio se destaca pelas várias participações especiais, incluindo Cindy Lauper.
E a lista continua. Apesar de tantos acertos, a terceira temporada de 30 Rock apresenta uma leve queda de qualidade. Alguns episódios parecem um pouco fora do rumo e o desfecho, que nas temporadas anteriores costumava ser marcante, deixou a desejar desta vez. Talvez Tina Fey precise inovar na estrutura do programa, trazendo algo realmente novo — quem sabe um personagem que rivalize com Liz Lemon, criando uma dinâmica recheada de humor. E, com a recente aquisição da NBC/Universal pela Comcast, novas situações podem surgir, já que Tina adora brincar com a própria NBC dentro da série.
Ao longo da vida, aprendi a fazer caras fechadas com Marion Cobretti, a despistar pessoas como John Matrix e me encantei por Stephanie Zinone, mesmo com a forte concorrência de Emmeline Lestrange e Lisa. Inspirei-me em Daniel-San para lutar e pilotei aviões de cabeça para baixo como Maverick. Já viajei nu do futuro para eliminar Sarah Connor, cuido do Gizmo antes da meia-noite e, vez ou outra, preciso ir ao Bairro Proibido para combater demônios. Já fui policial, blade runner, assassino e, às vezes, volto às antigas, solto um “yippe ki-yay m@th&rf%ck&r” e pego a Ferrari do pai do Cameron ou o V8 Interceptor do louco do Max para dar um rolê por Ridgemont High com Jessica Rabbit.
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Perguntas Frequentes:
1. Quais são os principais arcos narrativos da terceira temporada de 30 Rock?
R: A terceira temporada de 30 Rock acompanha principalmente o romance de Jack Donaghy com Elisa, a enfermeira porto-riquenha da sua mãe, e a busca de Jack pelo seu pai. Além disso, destaca-se a relação de respeito mútuo e os confrontos entre Jack e Liz Lemon.
2. Quais episódios da terceira temporada de 30 Rock são mais recomendados e por quê?
R: Alguns episódios de destaque são: “Believe in the Stars”, com participação especial de Oprah Winfrey; “Gavin Volure”, com Steve Martin como personagem principal; o especial de Natal, que aborda temas sociais e preconceitos; “Flu Shot”, que trata da vacina contra a gripe e solidariedade; “The Bubble”, que explora a “bolha da beleza” do namorado de Liz; e o episódio final “Kidney Now!”, com várias participações especiais.
3. Como a terceira temporada de 30 Rock se compara às anteriores?
R: Apesar de muitos episódios divertidos e boas atuações, a terceira temporada apresenta uma leve queda de qualidade em relação às anteriores. Alguns episódios parecem fora do rumo e o desfecho não foi tão marcante. A crítica sugere que Tina Fey poderia inovar na estrutura do programa para trazer algo novo e revitalizar a série.
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