Tenho acompanhado Desperate Housewives desde sua estreia na primeira temporada. Quando foi lançada, essa série dividiu o sucesso na rede americana ABC com Lost, embora sejam extremamente diferentes entre si. Enquanto Lost é um mistério complexo e de difícil solução ao longo de suas seis temporadas, Desperate Housewives é uma crítica afiada à vida suburbana dos Estados Unidos, focando nos costumes locais.
Quem leu minha análise da quarta temporada, que está disponível aqui, sabe que ela termina com um twist interessante, pensado para dar uma nova energia à série. A temporada cinco começa exatamente no ponto onde a anterior terminou, funcionando quase como um reinício.
Os primeiros dez episódios trazem situações envolventes que seguram a atenção. Depois disso, a narrativa começa a se arrastar um pouco, algo que já venho observando em séries com temporadas muito extensas, especialmente aquelas com mais de 20 episódios. Para manter a trama viva, os roteiristas frequentemente adicionam subtramas paralelas que, na maioria das vezes, não enriquecem a história principal e acabam dispersando o foco do público. Esse é o principal problema da quinta temporada de Desperate Housewives.
Ainda assim, não se pode dizer que a temporada seja ruim. Apesar do enredo central ser previsível, os roteiristas conseguem introduzir elementos interessantes, incluindo a morte de uma personagem principal. Confesso que demorei a acreditar nisso, mas ficou claro que os produtores estavam levando a sério essa decisão.
Um dos pontos altos da temporada é o episódio comemorativo de 100 capítulos, um marco importante para qualquer série americana, pois a partir daí ela passa para o chamado “syndication”, o que significa que os produtores começam a lucrar bastante com reprises. O episódio especial, intitulado “The Best Thing That Ever Could Have Happened”, conta com a participação do carismático Beau Bridges, conhecido por seu papel em Stargate SG-1 e irmão mais velho do astro Jeff Bridges. Ele interpreta Eli Scruggs, um faz-tudo do bairro Wisteria Lane que morre no telhado da personagem Susan (vivida por Teri Hatcher). Durante o episódio, as donas de casa recordam o quanto Scruggs foi importante para suas vidas. De forma muito criativa, os roteiristas inseriram o personagem em flashbacks de momentos marcantes das temporadas anteriores, utilizando um recurso conhecido como retcon, comum nos quadrinhos. Aqui, o artifício funciona muito bem e quase me fez acreditar que a temporada melhoraria a partir dali.
No entanto, depois desse episódio, ainda restam 11 capítulos para concluir a história principal, o que é claramente mais do que o necessário. O desfecho é simples e previsível, encerrando a temporada sem grandes surpresas, a não ser pelos twists característicos do gênero, que nada têm a ver com o final surpreendente da quarta temporada. Continuarei acompanhando, mas sem grandes expectativas de que a série retome seu auge.
Em outras palavras, já aprendi a fazer cara feia como Marion Cobretti, a escapar das pessoas como John Matrix e me encantei por Stephanie Zinone, mesmo com fortes concorrentes como Emmeline Lestrange e Lisa. Comecei a lutar inspirado em Daniel-San, pilotei aviões de cabeça para baixo com Maverick, viajei no tempo para salvar Sarah Connor, cuidei dos Gizmos antes da meia-noite e frequentei o Bairro Proibido para enfrentar demônios. Já fui policial, blade runner, assassino e, às vezes, retorno a essas antigas funções, soltando um “yippe ki-yay m@th&rf%ck&r” enquanto dirijo a Ferrari do pai do Cameron ou o V8 Interceptor do insano Max para dar uma volta por Ridgemont High com Jessica Rabbit.
Perguntas Frequentes:
1. Qual é o principal tema abordado em Desperate Housewives e como ele difere de Lost, outra série de sucesso da ABC?
Desperate Housewives é uma crítica afiada à vida suburbana dos Estados Unidos, focando nos costumes locais e nas histórias das donas de casa do bairro Wisteria Lane. Em contraste, Lost é um mistério complexo e de difícil solução que se desenrola ao longo de seis temporadas.
2. O que marcou o episódio comemorativo de 100 capítulos da quinta temporada de Desperate Housewives?
O episódio especial, intitulado “The Best Thing That Ever Could Have Happened”, contou com a participação do ator Beau Bridges como Eli Scruggs, um faz-tudo do bairro que morre no telhado da personagem Susan. O episódio utilizou flashbacks e o recurso retcon para mostrar a importância do personagem nas temporadas anteriores, sendo um dos pontos altos da temporada.
3. Quais são as críticas principais feitas à quinta temporada de Desperate Housewives?
Embora a temporada comece bem, com situações envolventes nos primeiros dez episódios, a narrativa se arrasta depois, devido à inclusão de subtramas paralelas que dispersam o foco do público. O enredo central é previsível e o desfecho simples, o que faz com que a temporada não atinja o mesmo nível de energia e surpresa da quarta temporada.
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