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Resumo do filme extraordinário

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No vasto panorama cinematográfico, poucas obras conseguem tocar a alma com a delicadeza e a profundidade de um verdadeiro retrato da condição humana. É nesse seleto grupo que se insere “Extraordinário”, um filme que, ao mesmo tempo em que aborda uma história particular, ressoa universalmente sobre aceitação, gentileza e a busca por um lugar no mundo. Dirigido com sensibilidade por Stephen Chbosky, conhecido por sua habilidade em traduzir nuances emocionais para a tela, este longa de 2017 emerge como uma narrativa essencial em tempos que clamam por mais empatia.

A trama de “Extraordinário” nos apresenta a August Pullman, carinhosamente chamado de Auggie, um menino de dez anos que nasceu com uma rara deformidade facial. Até então educado em casa pelos pais protetores, Isabel e Nate, Auggie enfrenta o maior desafio de sua jovem vida: frequentar uma escola regular. A premissa, simples em sua essência, desdobra-se em um roteiro astuto, que evita o sentimentalismo fácil e, em vez disso, explora as complexidades das relações humanas e os dilemas da adolescência. O filme, baseado no best-seller de R.J. Palacio, tem o mérito de adaptar a estrutura narrativa do livro, apresentando a história sob diferentes pontos de vista – o de Auggie, de sua irmã Via, e de seus novos amigos, como Jack Will e Summer. Essa abordagem multifacetada permite ao espectador compreender a teia de emoções e perspectivas que envolvem não apenas o protagonista, mas todos aqueles que interagem com ele. É um lembrete contundente de que cada indivíduo carrega sua própria bagagem e suas próprias lutas silenciosas.

Stephen Chbosky, na direção, demonstra maestria ao conduzir a narrativa com um equilíbrio notável entre o drama e a esperança. Ele não se esquiva dos momentos de dor e preconceito que Auggie enfrenta, mas também celebra os pequenos triunfos e os atos de bondade que pavimentam o caminho do menino. A forma como Chbosky constrói o universo de Auggie, com seus medos e anseios, é envolvente, e a direção de arte contribui para criar um ambiente que, por vezes, reflete o mundo interior do protagonista. A cinematografia, por sua vez, privilegia closes que capturam as expressões faciais e a riqueza dos sentimentos dos personagens, permitindo que a plateia se conecte profundamente com cada olhar e cada sorriso.

O elenco é, sem dúvida, um dos pilares que sustentam a força emocional de “Extraordinário”. Jacob Tremblay entrega uma performance impressionante como Auggie, conferindo ao personagem uma vulnerabilidade e uma resiliência que comovem. Sua atuação vai além da maquiagem, transmitindo a inteligência, o humor e a dor de um garoto que anseia ser visto além de sua aparência. Ao seu lado, Julia Roberts e Owen Wilson brilham como Isabel e Nate, os pais de Auggie. Eles constroem um casal real, imperfeito em seus medos e acertos, mas inabaláveis no amor e apoio ao filho. A dinâmica familiar é retratada com uma autenticidade que é ao mesmo tempo reconfortante e inspiradora, mostrando os desafios e as alegrias de criar um filho com necessidades especiais. Outras atuações notáveis, como a de Izabela Vidovic como Via, a irmã de Auggie, adicionam camadas de complexidade ao enredo, explorando o “efeito colateral” de ter um irmão tão “extraordinário” e a necessidade de atenção e reconhecimento em sua própria jornada.

Os aspectos técnicos, como a trilha sonora, complementam a experiência, pontuando os momentos-chave da história com melodias que acentuam as emoções sem serem excessivamente manipuladoras. A música serve como um eco suave dos sentimentos dos personagens, guiando o público através das montanhas-russas emocionais que Auggie e sua família atravessam. Filmes com essa capacidade de tocar e inspirar são valorizados por críticos e público em plataformas como o AdoroCinema, que frequentemente destacam obras que promovem a reflexão e a discussão.

“Extraordinário” transcende a categoria de um simples drama para se tornar um hino à humanidade. É uma obra que, ao narrar a jornada de um menino para encontrar seu lugar, nos lembra da importância da gentileza, do respeito às diferenças e da força dos laços familiares e de amizade. O filme não apenas entretém, mas educa, instigando o espectador a olhar para o próximo com mais compaixão e a valorizar a beleza que reside na singularidade de cada um. Sua mensagem é atemporal e sua execução é impecável, garantindo seu lugar como um filme que merece ser revisitado e recomendado. É, em sua essência, uma celebração do que nos torna humanos e um convite irrecusável à bondade, características que o tornam acessível e relevante para audiências de todas as idades, podendo ser encontrado em serviços de streaming como Prime Video e Netflix, entre outros.

Extraordinário (Wonder – Estados Unidos, 2017)
Direção: Stephen Chbosky
Roteiro: Stephen Chbosky, Jack Thorne, Steve Conrad
Elenco: Jacob Tremblay, Julia Roberts, Owen Wilson, Izabela Vidovic
Duração: 113 min.
Nota: ⭐⭐⭐⭐

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