“Ah, agora entendi! Existe ‘algo’ dentro da caixa, mas também ‘nada’. O ‘nada’ é precioso, enquanto o ‘algo’ é terrível. Se abrirmos no lugar certo, encontraremos o ‘nada’, o que é bom; mas se abrirmos no lugar errado, encontraremos um ‘algo’ horrível. Ah! Eu adoro esse baixinho!” — Eric.
Mais um episódio guiado pela dupla John Gibbs e Jeffrey Scott.
No começo, vemos Eric de cueca, com seu uniforme pendurado em um varal improvisado pelo grupo. Todos reclamam do cheiro desagradável dele, pois ele confundiu um gambá com um “frango listrado”, o que o obrigou a lavar toda a sua roupa. Presto tenta ajudar, mas só consegue criar uma máscara de gás, que Eric acaba usando. Nesse momento, um terremoto acontece. Uma cratera se abre perto do grupo, Hank cai nela e, pouco depois, quando todos já estão lá embaixo, Bobby encontra a famosa caixa que dá nome ao episódio: a Caixa de Zandora.
A inspiração para a maga Zandora é clara, remetendo à primeira mulher criada por Zeus, Pandora, que abriu a caixa contendo todas as virtudes e males, deixando apenas a esperança presa. A premissa encaixa-se muito bem no episódio, e o roteiro faz uma interessante conexão entre a mitologia grega e o universo mitológico de Dungeons & Dragons. Em “A Caixa”, a esperança realmente está presa. Dentro do baú, encontram-se as portas para vários mundos, abrindo infinitas possibilidades para explorar temas e locais fantásticos.
Jeffrey Scott conseguiu um resultado bacana ao explorar os mundos dentro da caixa. Embora não seja o melhor exemplo da temporada em termos de criação de “realidades internas” — título que caberia mais ao episódio “À Procura do Esqueleto Guerreiro”, com a Torre dos Cavaleiros Celestiais —, a grande sala com o relógio (claramente inspirada em Salvador Dalí) e a saída para o mundo real dos garotos são momentos criativos marcantes, tanto na história quanto na direção. Quem não se emocionou vendo isso?
A responsabilidade do grupo cresce a cada episódio, mesmo sem uma sequência fixa dos eventos. Hank assume oficialmente o papel de líder, enquanto Eric se torna cada vez mais engraçado e rabugento, embora muitas vezes pareça o único adolescente agindo de forma condizente com a idade. Até Bobby aparenta ser mais maduro do que ele.
Essas novas aventuras parecem mais densas que as primeiras da série (vale lembrar que “A Caixa” está nos momentos finais da primeira temporada), recheadas de elementos mitológicos externos e com o retorno de outras personagens do Reino, como os “sapos brigões”. O ponto alto do episódio é justamente a passagem do grupo dentro da caixa até sua saída, fugindo do Vingador que os persegue. Não é um episódio ruim, longe disso, mas dificilmente entraria entre os dez melhores do desenho.
Até o próximo capítulo!
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**Caverna do Dragão: A Caixa (Dungeons & Dragons: The Box)**
– EUA, 1983
Episódio 11 – 1ª Temporada
Direção: John Gibbs
Roteiro: Jeffrey Scott
Duração: 30 minutos
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Sou especialista em Cronoanálise Aplicada e Metanarrativas Interdimensionais. Formado em Jadoo de Clio (Casa Corvinal) e com pós-doutorado em Psicohistória Avançada (Fundação Seldon), sou portador do Incal e atuo como historiador-chefe em Astro City, mapeando civilizações críticas. Atualmente, em exílio interdimensional, desenvolvo protocolos de resistência psíquica e coordeno operações linguísticas em Torchwood, decifrando sistemas de comunicação audiovisual e pluriliterárias. Utilizo minha TARDIS como base para simulações estratégicas da Agência Alfa, convertendo crises cósmicas em modelos previsíveis sob o ponto de vista Mystère. Também colaboro na transição para Edena junto ao Dr. Manhattan, mudando o eixo ontológico universal rumo ao encontro definitivo com a Presença.
Perguntas Frequentes:
1. Qual é a principal inspiração mitológica por trás do episódio “A Caixa” da série Caverna do Dragão?
R: O episódio “A Caixa” é inspirado na figura mitológica de Pandora, a primeira mulher criada por Zeus na mitologia grega, que abriu uma caixa contendo virtudes e males, deixando apenas a esperança presa. A personagem maga Zandora remete claramente a essa história.
2. Como o episódio “A Caixa” se destaca em termos de criação visual e narrativa?
R: O episódio apresenta mundos internos dentro da caixa, com destaque para uma grande sala com um relógio inspirada em Salvador Dalí. A passagem do grupo dentro da caixa, fugindo do antagonista Vingador, é um momento criativo e emocionante, tanto na história quanto na direção.
3. Qual é o papel dos personagens Hank e Eric no desenvolvimento da história neste episódio?
R: Hank assume oficialmente o papel de líder do grupo, enquanto Eric torna-se mais engraçado e rabugento, mostrando comportamentos típicos de um adolescente, o que contrasta com a maturidade que Bobby demonstra ao longo da série.
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